segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mensagem pessoal


Palavras para quê?

Ficha de trabalho - correcção


Correcção da Ficha de Trabalho

1.1 – “idioma do Lácio”: é o latim.

1.2 – “falas regionais anteriores”: ou substratos são aquelas falas que aparecem antes do latim e que influenciaram o latim;

1.3 - “latim vulgar”: é o latim falado pelas classes sociais mais baixas, como por exemplo: os soldados, colonos, mercadores, etc., os que não sabiam nem ler nem escrever. “…era o latim vulgar, que evoluíra nos meios romanos mais ou menos populares e se impunha na conversação quotidiana.”

1.4 – “latim culto”: ou também latim erudito/literário é o latim falado pelas classes sociais mais altas, como por exemplo os escritores, tec., aqueles que sabiam ler e escrever. “…latim culto da literatura latina, da oratória e de outros usos mais solenes ou dignificados.”

1.5 – “România”: é o conjunto de regiões onde se falava a língua dos Romanos – o latim (vulgar e culto).

1.6 – “línguas românicas”: ou novi-latinas, são aslínguas cuja origem é o latim, tais como “ o português, o galego, o castelhano, o provençal, o francês, o italiano, o romancho ou ladino e o romeno”.

1.7 – Origem da língua portuguesa:

Em Roma falava-se o latim. Com as guerras e as conquistas romanas, esse idioma expandiu-se por toda a Europa. Os romanos impuseram a sua língua, sua cultura e seus costumes aos povos conquistados. Para garantir a dominação política, os romanos exigiam que, em todo o vasto Império, o latim fosse de uso obrigatório nas escolas, nas transacções comerciais, nos documentos, nos actos oficiais e no serviço militar.
Todavia, não foi o latim clássico, literário, usado pelos grandes escritores romanos, que foi imposto às populações dominadas. Foi o latim vulgar, falado pelos soldados romanos.
O português também sofreu influências do substrato celta e dos superstratos germânicas e árabe.

Teste de avaliação 2 - estrutura


A estrutura do 2º teste é:



  • 1ª parte, o texto (uma das cenas de O Auto da Barca do Inferno - até ao Sapateiro),

  • 2ª parte, perguntas de escolha múltipla sobre a cena;

  • 3ª parte, perguntas de interpretação. Para tal, deverás estudar tudo aquilo que está no caderno diário, no Manual, nas fichas de trabalho realizadas nas aulas e no blogue (acho que não me esqueci de nada!).Também não te esqueças de rever A História do Teatro, A Origem e Evolução da Língua Portuguesa e os recursos expressivos.

Bom Trabalho!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mensagem pessoal

Desejo-vos um bom fim-de-semana e um bom estudo!

assinaturas personalizadas

Lazer -Vivaldi - 4 Estações - O Inverno

Lazer - Dezembro






A frase do mês de Dezembro:











Estamos quase a chegar ao Natal. Aqui vão algumas receitas. Delicia-te com os teus!


Empadão de bacalhau de Natal

É um bacalhau cozido e lascado, alourado no forno, em camadas alternadas com cebolada, batatas, couve e ovos cozidos, sendo a última de batata coberta com maionese. É acompanhado de legumes cozidos.
60 min.
medio
médio


4 pess.
Ingredientes
Bacalhau demolhado
3 postas
Batatas
6 und.
Couves portuguesas
2 und.
Cebolas
3 und.
Alho
6 und.
Ovos
3 und.
Azeite
2.50 dl
Vinagre
1 col. sopa
Mostarda
1 col. sobremesa
Sal e pimenta
q.b.

1
Descasque as cebolas e os alhos e corte-os às rodelas muito finas. Separe as folhas das couves, lave-as e retire-lhes os talos mais duros. Numa panela ponha água temperada com sal e quando ferver junte as couves deixe cozer deixando-as um pouco rijas.
2
Lave muito bem as batatas e coza-as inteiras e com casca juntamente com 2 ovos. Coza o bacalhau durante 10 minutos. Escorra-o, limpe-o de peles e espinhas e parta-o às lascas grandes. Enquanto isso, descasque e pique as cebolas e os alhos e leve a cozer em 0.5 dl de azeite só até começar a alourar.
3
Quando tudo estiver cozido proceda da seguinte maneira: pele as batatas, descasque os ovos e corte tudo às rodelas. Escorra muito bem as couves. Prepare a maionese: deite o restante ovo no copo misturador ou numa tigela, junte a mostarda e tempere com sal e pimenta. Adicione o azeite devagarinho e bata com as varas até engrossar e junte depois o vinagre.
4
Num pirex coloque em camadas alternadas, a cebolada, o bacalhau, as couves, as batatas e os ovos. Repita as camadas até acabarem os ingredientes. Espalhe sobre a última camada que deve ser de batata, a maionese e leve a forno aquecido a 200ºC até alourar. Sirva quente.


HISTÓRIA, DICAS E CURIOSIDADES
Quem não gosta de bacalhau cozido e queira festejar a ceia de Natal com bacalhau pode substitui-lo por este prato que tem os mesmos ingredientes. É um prato muito saboroso. Se lhe tirar as couves fica uma variante do bacalhau à Gomes de Sá, barrado com maionese. Pode acompanhá-lo com azeitonas e salsa picada.


Doces de Natal:
Arroz Doce de Natal

Ingredientes:• 150 gr de arroz • 1/4 litro de água • 1 litro de leite • 25 gr de manteiga • 5 gemas de ovo • 150 gr de açúcar • Canela q.b.

Preparação:Leve o arroz ao lume em água e deixe ferver até a água desaparecer. Misture o leite e deixe cozer o arroz. Quando este estiver cozido, misture o açúcar, as gemas e a manteiga. Retire do lume sem deixar ferver. Distribua por pratinhos, taças ou um prato grande. Polvilhe com canela.


Filhós de Abóbora

Ingredientes: • 1 kg de abóbora-menina • 1,25 kg de farinha de trigo • 50 gr de fermento de padeiro • 1 cálice de aguardente • Azeite (q.b.) para fritar • Canela (q.b.) • Açúcar (q.b.)

Preparação:Descasque a abóbora, retire-lhe as sementes e corte-a em cubos regulares. Coloque a abóbora a cozer. Quando esta estiver cozida, retire-a da água, escorra-a muito bem e deixe-a arrefecer ligeiramente. Misture-a com a farinha num alguidar e amasse tudo muito bem em conjunto. Dilua o fermento num pouco de água da cozedura da abóbora. Junte o fermento diluído e a aguardente à massa, trabalhando-a muito bem. Depois de bem amassada, deixe levedar dentro do alguidar, tapada com um cobertor de lã em local morno e sem correntes de ar. Quando a massa estiver bem lêveda, coloque ao lume uma frigideira com azeite, o qual deve ficar bem quente, e comece a fritar, deitando a massa com a ajuda de duas colheres. Depois de fritas, passe as filhós por uma mistura de canela e açúcar.Dica: Também se pode regar as filhós com mel, depois de fritas, em vez de as envolver na mistura de canela e açúcar.



Sonhos de Banana

Ingredientes:• 220 gr de bananas descascadas • 25 gr de açúcar • 120 gr de farinha • 2 dl de leite mal medidos • 1 ovo • Açúcar e canela q.b.

Preparação:Esmagam-se as bananas com 1 garfo e misturam-se com o açúcar, a farinha, o leite e o ovo, ligeiramente batido.Fritam-se colheradas desta massa em óleo bem quente. Escorrem-se sobre papel absorvente e polvilham-se com açúcar misturado com canela.


Coroa de Natal

Ingredientes• 1 kg de farinha• 50 g de fermento de padeiro • 200 g de açúcar• 150 g de manteiga • 6 ovos• uma pitada de sal • raspa de 1 limão • 1 dl de rum• 50 g de miolo de noz • 50 g de amêndoas• 200 g de frutos cristalizados • leite e fios de ovos q.b.

Preparação Numa tigela, disponha 250 g de farinha, dissolva o fermento de padeiro num pouco de leite quente e junte-o à farinha. Amasse bem e deixe levedar em local quente. De seguida, misture o açúcar, a manteiga amolecida, os ovos, o sal e a restante farinha. Amasse tudo muito bem e, por fim, acrescente a raspa de limão e o rum. Deixe levedar novamente, até atingir o dobro do volume, e, nessa altura, estenda-a sobre uma superfície enfarinhada, de modo a ficar com um rectângulo com 0,5 cm de espessura. Corte os frutos secos e cristalizados em pedaços, reserve alguns para a decoração e espalhe os restantes sobre a massa. Enrole como se fosse uma torta e junte as duas extremidades. Transfira para um tabuleiro untado e deixe levedar mais um pouco. Auxiliando-se de uma tesoura ou faca afiada, faça cortes a toda a volta da coroa e pincele-a com ovo batido. Leve ao forno, preaquecido a 180° C, por cerca de 40 minutos. Retire, deixe arrefecer um pouco e decore-a colocando no centro fios de ovos e os frutos que reservou.


Bebida de Natal:

Chocolate Quente

Ingredientes : 4 dl de leite 250 grs. de Chocolate para Culinária Nestlé Açúcar q.b.

Confecção: Derrete-se o Chocolate para Culinária Nestlé, partido em bocadinhos, com 2 dl de leite em banho-maria.Assim que esteja como um creme liso, deita-se o restante leite a ferver e leve o preparado a lume brando, só para levantar fervura, não parando de mexer com uma colher de pau.Adoça-se ao gosto, bate-se um pouco com as varas para fazer espuma e serve-se quente.







domingo, 29 de novembro de 2009

Teste de avaliação - correcção e os seus critérios


Aqui vai a correcção:

CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO

Questionário A
Pergunta 1
O aluno refere que o Fidalgo, depois de chegar ao cais, se dirige à barca do Inferno, onde se recusa a entrar; seguidamente, vai à barca da Glória, onde lhe é recusada a entrada; por fim, regressa à barca do Inferno e entra.

Pergunta 2
O aluno identifica a cadeira, o manto e o Pajem e explica que a sua função é integrar a personagem numa classe social e simbolizar os seus pecados (ou especifica os pecados de acordo com os objectos).
A cadeira simboliza o poder e a classe social; o Pajem a tirania e a exploração do pobre; e o manto a vaidade, a luxúria e arrogância.

Pergunta 3
O aluno explica os dois versos por palavras suas.
Vai imediatamente para o Inferno.
Pergunta 3.1
O aluno refere o eufemismo.

Pergunta 4
O aluno refere as seguintes acusações:
· o Fidalgo pensou que poderia viver a seu bel-prazer, ignorando as consequências;
· foi vaidoso, orgulhoso e arrogante;
· foi um tirano que maltratou os que estavam abaixo de si na hierarquia social.

Pergunta 5
O aluno refere o seguinte:
· o Fidalgo diz que tem quem reze por ele na vida terrena;
· alega o seu estatuto social de nobre;
· pede para voltar à vida terrena para consolar a mulher e a amante.

Pergunta 6
O aluno transcreve um dos seguintes exemplos:
· “Ó poderoso dom Anrique,/cá vindes vós? Que cousa é esta?”
· “Senhor, a vosso serviço”
· “e, chegando ao nosso cais,/todos bem vos serviremos”

Pergunta 7.1
O aluno transcreve apenas os versos
“Mandai meter a cadeira/que assi passou vosso pai”
sem erros e respeitando as normas de transcrição.

Pergunta 7.2
O aluno refere personagens tipo.

Pergunta 8
O aluno refere que o Pajem simboliza o povo desprezado e maltratado pela tirania do Fidalgo.

Pergunta 9
O aluno identifica os três tipos de cómico e justifica com coerência.

Pergunta 10
O aluno identifica o processo de formação de cada palavra.
«Embarcar»: palavra derivada por prefixação e sufixação;
«Maldito»: palavra composta por aglutinação;
«Tristura»: palavra derivada por sufixação e
«Recolha»: palavra derivada por prefixação.

Pergunta 10
O aluno responde correctamente a 11 ou 12 questões.
F; F; F; V; F; F; V; V; F; V; V; V.

Questionário B
A cada questão serão atribuídos 2 pontos, num total de 10.
1. «Expressar o que sente, o que teme e aquilo em que acredita»
2. «Expressão literária com a finalidade de ser representada perante um público»
3. «Todo um país, que se reflectia num espelho de vaidades»
4. «Corrigir os comportamentos através do riso»
5. «O seu sentido de humor que a todos tocava, até aos mais poderosos»

sábado, 21 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Saúde - Gripe A


Meninos, nunca é demais relembrar os cuidados a terem com a gripe A. Esta chuva não ajuda nada!




E agora lê esta pequena história.
http://e-livros.clube-de-leituras.pt/elivro.php?id=onunoescapaagripea

sábado, 14 de novembro de 2009

Funcionamento da língua - denotação e conotação



DENOTAÇÃO (ou sentido denotativo/literal)
é o sentido real das palavras, aquele que todas as pessoas conhecem e que é igual para todos. Verifica-se quando as palavras são utilizadas sem intenções especiais ou sem sentidos secundários.

Denotação – Estes são os meus filhos.
A Lua é um satélite.


CONOTAÇÃO (ou sentido conotativo/figurado)
é um sentido figurado que damos às nossas palavras. Existe quando queremos dar um valor expressivo ao que dizemos. As palavras usadas significam uma coisa diferente daquela que as pessoas sabem. Será um significado secundário, o da nossa imaginação.


Conotação – Os meus alunos são como filhos, para mim.

Esta aluna está sempre na lua.

Lazer - Vivaldi - 4 Estações - O Outono

Acho que já é tempo de relaxares um pouco.Ouve esta música.

Lazer - Novembro


A frase do mês:

"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, Caminhando e semeando, no fim terás o que colher." (Cora Coralina)

Com Novembro chegaram as castanhas. Lembrei-me, então, de colocar umas receitas. Bom proveito!

receitas com castanhas

“Quentes e boas”, soa o pregão. A verdade é que a castanha presta-se a muito mais do que assar ou cozer. Vamos cozinhá-las com imaginação.

Castanhas salteadas com cogumelos
Batatas recheadas com castanhas
Tarte de castanhas e chantilly
Compota de castanhas
Pudim de castanhas


Castanhas salteadas com cogumelos

Castanha: 500 grBacon: 50 grMargarina: 50 grCogumelo: 80 grCebola: 1Sal: qbPimenta: qb
Preparação
Cozem-se as castanhas em água temperada com sal. Escorrem-se, descascam-se e reservam-se. Aloura-se o bacon cortado aos cubinhos numa frigideira. Depois de bem dourado, adiciona-se a cebola, finamente picada, e a margarina. Quando a cebola estiver transparente, juntam-se as castanhas e deixa-se alourar. Lavam-se os cogumelos e cortam-se em lâminas, juntando às castanhas. Tempera-se com pimenta e deixa-se saltear durante 10 minutos, mexendo de quando em vez.



Batatas recheadas com castanhas

Ingredientes
Batata: 1 kgCastanha: 200 grPinhão: 50 grNata: 1/2 chávenaManteiga: 80 grSal: q.b.Pimenta: q.b.
Preparação
Assam-se as batatas com casca, no forno. Quando frias, é-lhes retirada a polpa, reservando-a. Mistura-se a polpa, as castanhas em puré, a manteiga, o sal, a pimenta e os pinhões picados. Recheia-se a batata com este preparado. Leva-se ao forno, a gratinar, durante alguns minutos.



Batatas recheadas com castanhas

Ingredientes
Batata: 1 kgCastanha: 200 grPinhão: 50 grNata: 1/2 chávenaManteiga: 80 grSal: q.b.Pimenta: q.b.
Preparação
Assam-se as batatas com casca, no forno. Quando frias, é-lhes retirada a polpa, reservando-a. Mistura-se a polpa, as castanhas em puré, a manteiga, o sal, a pimenta e os pinhões picados. Recheia-se a batata com este preparado. Leva-se ao forno, a gratinar, durante alguns minutos.



Tarte de castanhas e chantilly

Ingredientes
Castanha: 250 grAçúcar: 250 grOvo: 4Baunilha: 4Chantilly: q/b
Preparação
Cozem-se as castanhas em água temperada com sal, descascam-se e passam-se.Ao puré obtido junta-se o açúcar, as gemas e as gotas de baunilha, bate-se tudo bem.Batem-se as claras em castelo e juntam-se e bate-se tudo bem para ligar.Unta-se uma forma rectangular com manteiga e polvilha-se com farinha, deita-se dentro a massa e leva-se ao forno a cozer.Corta-se a meio e recheia-se com chantilly depois de fria.



Compota de castanhas

Ingredientes
Castanha: 500 g Açúcar: 500 gBaunilha: q.b.Sal: q.b.
Preparação
Tira-se a casca das castanhas e levam-se estas a cozer em água temperada com uma pitada de sal até se desfazerem facilmente.Depois de cozidas, pelam-se e passam-se pela peneira ou “passe-vite”.Põe-se o açúcar em ponto de pasta, tira-se do lume, junta-se pouco a pouco ao puré de castanhas para não embolar, aromatiza-se com a baunilha e leva-se de novo ao lume deixando levantar fervura e mexendo sempre com uma colher de pau.Deita-se em frascos e, depois do doce estar frio, arrolham-se bem.




Pudim de castanhas

Ingredientes
Castanha: 1 kg Açúcar: 100 g Manteiga: 100 g Ovo: 5
Preparação
Deitam-se as castanhas descascadas, durante alguns minutos, em água a ferver até lhes sair a pele exterior.Fervem-se, então, com água adoçada, até cozerem bem. Passam-se pela peneira ou máquina de ralar amêndoa, misturam-se com a manteiga e o açúcar e levam-se ao lume, mexendo sempre até secar.Adicionam-se-lhes as gemas e as claras em neve. Despeja-se numa forma untada com manteiga e coze-se em banho-maria, durante quase duas horas.Serve-se com molho de baunilha ou de chocolate.

Lazer - Texto integral de O Principezinho de Saint-Exupéry





sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lazer

Lembrem-se...


E agora, todos...

http://www.youtube.com/watch?v=8kdR7zOKKQQ

Propostas de leitura


Tens aqui uma proposta de várias obras, que poderás ler durante um tempinho de lazer...
http://aec.malha.eu/moodle/file.php/1230/LISTAS_LIVROS_200910/3o_Ciclo/9_sala.pdf

e aqui o resumo de vários livros (é só para abrir o apetite!...).É so carregar
http://www.micropic.com.br/noronha/resumos.htm

Funcionamento da língua - área vocabular - actividade

http://www.cardosolopes.net/Alunos/Disciplinas/LP/5Ano/actividades/areavocabular2.htm
http://www.cardosolopes.net/Alunos/Disciplinas/LP/5Ano/actividades/areavocabular1.htm

Funcionamento da língua - área vocabular


Área vocabular:
É um conjunto de palavras que se refere a um mesmo tema.
Exemplo:
À palavra «casa» estão associadas uma série de palavras, tais como:
telhas
chaminé
janelas
quarto de
banho
telhado
fechaduras
cozinha
escadas
portas
quartos
sala
floreiras, etc.

Funcionamento da língua - família de palavras - actividade

http://agsbmessines.sytes.net/web/passatempo/lpo/gra/familia_palavras.htm
http://www.eb1-lisboa-n183.rcts.pt/potatoes/potatoes2/port-fampalavras.htm
http://www.eb1-lisboa-n183.rcts.pt/potatoes/potatoes2/port-fampalavras.htm
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/2.4.familia2.htm

Funcionamento da língua - família de palavras


Chamamos família de palavras ao conjunto de todas as palavras formadas a partir de uma mesma palavra primitiva ou radical.
Por exemplo, as seguintes palavras pertencem à família da palavra água: aguar, aguadeiro, aguaceiro, aguaça, aguaçal, aguado, água-pé, aguardente, água-benta, desaguar, desaguamento, desaguadouro (entre outras).
Retirado de Ponto e Vírgula, 7.º Ano, de Constança Palma e Sofia PaixãoTexto Editora

Funcionamento da língua - interjeição - actividade

http://agsbmessines.sytes.net/web/passatempo/lpo/gra/interjeicao.htm

Funcionamento da língua - interjeição.


Interjeição

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abragentemente: sensações e estados de espírito; ou mesmo, servem como auxiliador expressivo para o interlocutor, já que permite a ele a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.
As interjeições podem ser classificados de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:
Alegria: oba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!
Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
Aprovação, aplauso: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
Dor: ai! ui!
Espanto, surpresa, admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
Invocação, chamamento, apelo: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!
Medo,terror: credo!, cruzes! uh!, ui!
Outros exemplos que não representam emoções:
Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
Derivados do inglês: yes! ok!
Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
a) afogentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
d) admiração: puxa!
e) alívio: ufa!, arre!, também!
f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
g) apelo: alô!, olá!, ó!
h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
l) desculpa: perdão!
m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
p) dúvida: hum! Hem!
q) cessação: basta!, para!
r) invocação: alô!, ô, olá!
s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
v) saudade: ah!, oh!
w) silêncio: psiu!, silêncio!, caluda!, psiu! (bem demorado), psit!
x) suspensão: alto!, alto lá!
y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
z) interrogação: hei!…
A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!
A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.

Funcionamento da língua - relações entre palavras


Auto da Barca do Inferno - cena do sapateiro


Sapateiro (Joanatão)

Símbolos Cénicos:
- avental: simboliza a profissão
- carregado se formas de sapatos: simbolizam a sua profissão e vem carregado pelos seus pecados

Tipo:
- povo (artesão)

Argumentos de acusação:
- roubava
- enganava
- religião mal praticada

Argumentos de defesa: (práticas religiosas)
- rezava e ia à missa (o fidalgo usou a mesma defesa)
- fazia ofertas à igreja
- confessava-se e comungava
- fez todas as práticas religiosas

Crítica feita por Gil Vicente:
- forma superficial de como os católicos praticavam a religião
- julgavam que as rezas, missas, comunhões, tinham mais valor que praticar o bem

Desenlace:
- Inferno

domingo, 8 de novembro de 2009

teste de Avaliação - simulação


Prepara-te bem para o teste! Bom trabalho e boa sorte!

http://www.prof2000.pt/users/eddy/lp/gvicente2/gvicente2a.htm

Teste de Avaliação 1 - estrutura

O prometido é devido !

Cá vai a estrutura do teste:
  • 1ª parte: análise de uma das cenas trabalhadas nas aulas;
  • P.S.: Não te esqueças de ver os recursos expressivos e o processo de formação de palavras;
  • 2ª parte: respostas verdadeiras ou falsas sobre uma das cenas;
  • 3ª parte: escolha múltipla sobre a matéria dada (história do teatro; Gil Vicente; etc.).
Bom estudo!

Recursos estilísticos - actividades

Aplica os teus conhecimentos:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/1.4.metafora.htm
Exercícios:http://aulaportuguesonline.no.sapo.pt/figurasestilo.htm
http://agsbmessines.sytes.net/web/passatempo/lpo/gra/figuras.htm
http://agsbmessines.sytes.net/web/passatempo/lpo/gra/figuras_exercicio.htm
http://www.navegar.com.pt/navegar2_quiz/port_3_ciclo/figuras_estilo.htm

Lista de recursos expressivos


Recursos expressivos / Figuras de Estilo ou Recursos estilísticos

Aliteração – Repetição de sons consonânticos.
Exemplo:
“Fogem fluindo à fina-flor dos fenos.” (Eugénio de Castro)
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse.” (Eugénio de Castro)

Assonância – Repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
“Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão, pelos que lá vão!
Sino da Paixão bate bão-bão-bão.”
(Manuel Bandeira, Poesia Completa e Prosa)

Onomatopeia – Conjunto de sons que reproduzem ruídos do mundo físico. Este conjunto de sons pode formar palavras com sentido (palavras onomatopaicas).
Exemplo:
“Bramindo o negro mar de longe brada.” (Camões)

Anáfora – Repetição de uma ou mais palavras no início de verso ou de período.
Exemplo:
“Toda a manhã/fui a flor/impaciente/por abrir. /Toda a manhã/fui ardor/do sol/no teu telhado. “ (Eugénio de Andrade)
“É brando o dia, brando o vento.
É brando o Sol e brando o céu.” (Fernando Pessoa)

Adjectivação ou dupla adjectivação– consiste na utilização de um ou mais adjectivos de forma a tornar o texto mais belo ou mais expressivo.
“O tigre é um mamífero carnívoro, robusto, elegante e muito feroz , cujo pêlo apresenta coloração com lindas listas transversais negras …”

Assíndeto – Supressão das partículas de ligação (vírgula, virgula,)
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
“Eu hoje estou cruel, frenético, exigente.” (Cesário Verde)

Polissíndeto – Repetição dos elementos de ligação entre palavras.
Exemplo:
“Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos.” (Sebastião da Gama)
“E crescer e saber e ser e haver
E perder e sofrer e ter terror.” (Vinicius de Morais)

Anástrofe – Inversão da ordem directa das palavras.
Exemplo:
“Tirar Inês ao mundo determina.” (Camões)

Hipérbato – Inversão violenta da ordem dos elementos na frase.
Exemplo:
“Casos/Duros que Adamastor contou futuros.” (Camões)
“Estas sentenças tais o velho honrado Vociferando estava.” (Camões)

Paralelismo ou simetria – Repetição do esquema ou construção da frase ou do verso.
Exemplo:
“Meu amor! Meu amante! Meu amigo!” (Florbela Espanca)
“E agora José? A festa acabou/a apagou/o povo sumiu/a noite esfriou/e agora José? E agora Joaquim? /Está sem mulher/está sem discurso/está sem caminho…” (Carlos Drummond de Andrade)
“Ondas do mar de Vigo,
Se vistes o meu amigo,
E ai Deus se virá cedo!
Ondas do mar levado,
Se vistes meu amado,
Ai Deus se virá cedo!” (Martim Codax)

Pleonasmo – Repetição de uma ideia já expressa.
Exemplo:
“Vi, claramente visto, o lume vivo.” (Camões)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa)

Quiasmo – Estrutura cruzada de quatro elementos, agrupados dois a dois. Assim, o segundo grupo apresenta os mesmos elementos do primeiro, mas invertendo a ordem (J.M. Castro Pinto).
Exemplo:
“Joana flores colhia/Joana colhia cuidado.” (Bernardim Ribeiro)
“Mais dura, mais cruel, mais rigorosa,
(…)
Mais rigoroso, mais cruel, mais duro.” (Jerónimo Baía)

Antítese – Apresentação de um contraste entre duas ideias ou coisas. Repare-se nesta sequência de antíteses:
Exemplo:
“Ganhe um momento o que perderam anos/Saiba morrer o que viver não soube!” (Bocage)
“Ali, àquela luz ténue e esbatida, ele exalava a sua paixão crescente e escondia o seu fato decadente.” (Eça de Queirós)
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)

Paradoxo – Um mesmo elemento produz efeitos opostos.
Exemplo:
“Que puderam tornar o fogo frio.”
Que saudade, gosto amargo.”

Apóstrofe ou Invocação – Interpelação a alguém ou a alguma coisa personificada.
Exemplo:
“Ó glória de mandar, ó vá cobiça/Desta vaidade a quem chamamos fama. ” (Camões)
“Bem puderas, ó Sol, da vista destes…” (Camões)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa)

Comparação – Consiste na relação de semelhança entre duas ideias ou coisas, através de uma palavra ou expressão comparativa ou de verbos a ela equivalentes (parecer, lembrar, assemelhar-se, sugerir).
Exemplo:
“O génio é humilde como a natureza.” (M. Torga)
“A rua […] parece um formigueiro agitado.” (Érico Veríssimo)
“Eu toco a solidão como uma pedra.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)

Eufemismo – Dizer de uma forma suave uma ideia ou realidade desagradável.
Exemplo:
“…Só porque lá os velhos apanham de quando em quando uma folha de couve pelas hortas, fazem de nós uns Zés do Telhado!” (Aquilino Ribeiro)
"Tirar Inês ao mundo determina."(Camões)
"Vai pera a ilha perdida"(Gil Vicente)

Disfemismo – Dizer de forma violenta aquilo que poderia ser apresentada de uma forma mais suave.
Exemplo:
“Esticar o pernil.”
“ – Foi. Enfurecendo-se, estourou. É dos livros…
– Se não se tivesse zangado hoje…
– Estourava amanhã. Estava nas últimas… Deixa em paz a criatura.
Está começando a esta hora a apodrecer, não a perturbemos.” (Eça de Queirós)

Enumeração – Apresentação sucessiva de vários elementos.
Exemplo:
“Deu sinal a trombeta castelhana/Horrendo, fero, ingente e temeroso.” (Camões)

Gradação – Disposição dos termos por ordem progressiva no seio de uma enumeração. Pode ser crescente ou decrescente.
Exemplo:
“Duro, seco, estéril monte…” (Camões)
”O Chico Avelar é bom moço; mas o pai é tacanho, um bana bóia…! Tem medo de tudo; é um capacho debaixo dos pés de certos senhores da cidade. Quanto á fortuna de dona Carolina Amélia, […] bem sabes como aquilo estava: capitais espalhados, rendas em atraso, casas a cair…” (Vitorino Nemésio)

Hipálage – Atribuição a um ser ou coisa de uma qualidade ou acção logicamente pertencente a outro ser.
Exemplo:
“As tias faziam meias sonolentas.” (Eça de Queirós)
“Dá-me cá esses ossos honrados.” (Eça de Queirós)

Personificação – Atribuição de qualidades ou comportamentos humanos a seres que não o são.
Exemplo:
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
“Havia na minha rua/Uma árvore triste.” (Saúl Dias)
“Também, choram [as ondas] todo o dia, /Também se estão a queixar. /Também, á luz das estrelas, / toda a noite a suspirar!” (Antero de Quental)

Hipérbole – Ênfase resultante do exagero.
Exemplo:
“Se aquele mar foi criado num só dia, eu era capaz de o escoar numa só hora.” (Agustina Bessa - Luís)
Ela só viu as lágrimas em fio/que duns e doutros olhos derivadas/se acrescentaram em grande e largo rio.” (Camões)

Ironia – Figura que sugere o contrário do que se quer dizer.
Exemplo:
“Senhora de raro aviso e muito apontada em amanho da casa e ignorante mais que o necessário para ter juízo.” (Camilo Castelo Branco)
“A Câmara Municipal do Porto, com uma nobre solicitude pelo peixe, para quem parece ser uma extremosa mãe, e receando com um carinho assustado, que o peixe se constipasse […] construiu-lhe uma praça fechada.” (Eça de Queirós)
"Pera lá vai a senhora?" (Gil Vicente)

Metáfora – Comparação de dois termos, seguida de uma identificação.
Exemplo:
“A menina Vilaça, A loura, vestida de branco, simples, fresca, com o seu ar de gravura colorida.” (Eça de Queirós)

Sinédoque – Variante de metonímia, pela qual se exprime o todo pela parte ou vice-versa.
Exemplo:
“…a Ocidental praia Lusitana.” (Camões)
“…novo temor da Moura lança.” (Camões)

Sinestesia – Fusão de percepções relativas a dados sensoriais de sentidos diferentes.
Exemplo:
“Da luz, do bem, doce clarão irreal.” (Camilo Pessanha)
“…delicioso aroma selvagem.” (Almeida Garrett)
“Tinha um sorriso amargo.” (Eça de Queirós)

Rima – Repetição de sons (não de letras) no fim dos versos ou no seu interior.

Ritmo – Rápido, lento, melancólico, binário, ternário…

Métrica – Pode não ser indiferente o número de sílabas métricas (contadas até à última sílaba tónica). A métrica mais usada em Camões: redondilha maior e menor (versos de sete e cinco sílabas, respectivamente) e decassílabo (no soneto e n’Os Lusíadas).

Elipse – Omissão de uma palavra (um adjectivo, um verbo, etc.) que subentende.
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
Equivalente a: Quero perder-me neste Pisão, [quero perder-me] nesta Pereira, [quero perder-me] neste Desterro.

Alegoria – Coisificação de um conceito abstracto: «o polvo» (=a hipocrisia e traição), no Sermão de Santo António (Pe. António Vieira), é uma alegoria.
Exemplo:
“…tão grande sandice é […] desprezar o estado das virtudes, e escolher o estado dos pecados, como seria se algum quisesse passar algum rio perigoso e tormentoso e achasse duas barcas: uma forte e segura e mui bem aparelhada, e em que raramente algum se perde, […] e outra velha, fraca, podre, rota em que todos se perdem, e alguns poucos se salvam”. (D.Duarte)

Animismo – Atribuição de vida a seres inanimados.
Exemplo:
“Plácida, a planície adormece, lavrada ainda de restos de calor.” (Virgílio Ferreira)

Imagem – Recurso a aspectos sensoriais para, a partir daí, provocar uma forte evocação afectiva (José M. de Castro Pinto).
Exemplo:
“Para os vales poderosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia cair e rolar.” (Eça de Queirós)
“Um polvo de pânico desdobra-se pelos fios.” (José Gomes Ferreira)

Interrogação – Questão retórica, isto é, não visa uma resposta, antes procura dar ênfase e criar expectativa.
Exemplo:
“Sou por ele [retrato] possuído? /Ou ele me possui?” (Raul de Carvalho)

Metonímia – Emprego de um vocábulo por outro, com o qual estabelece uma relação de contiguidade (o continente pelo conteúdo; o lugar pelo produto, o autor pela sua obra, etc.).
Exemplo:
Tomar um copo (=um copo de vinho). Beber um Porto (=um cálice de vinho do Porto).
Ando a ler Eugénio de Andrade (=a obra de…)
[Os madeireiros] “trabalham nesta praça contra a clorofila.” (Carlos de Oliveira)
“O excomungado não tem queda para as letras.” (=estudo) (Aquilino Ribeiro)

Perífrase – Figura que consiste em dizer por muitas palavras o que poderia ser dito em algumas ou alguma.
Exemplo:
“Tenho estado doente. Primeiramente, estômago – e depois, um incómodo, um abcesso naquele sítio em que se levam os pontapés…” (Eça de Queirós)

Se quiseres mais informações, carrega neste link:
http://esjmlima.prof2000.pt/figuras_estilo/figuras_estilo.html

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Auto da Barca do Inferno - cena do Parvo


Parvo (Joanne)

Tipo:
- povo (uma pessoa pobre de espírito)

Não tem referência ao passado porque:
- não agiu com maldade
- não tem pecados

Símbolos cénicos:
- não traz porque os símbolos cénicos estão relacionados com a vida Terrena e os pecados cometidos
- o Parvo não tem qualquer tipo de pecados

Argumentos de defesa:
- Anjo: tudo o que fez foi sem maldade e é simples

O Parvo não usa qualquer tipo de argumento para convencer o Anjo a deixá-lo entrar no Paraíso porque:
- não teve tempo de dizer nada, a sua entrada naquela barca foi autorizada de imediato
- o Anjo deixa-o entrar porque tudo o que fez foi sem maldade

“Quem és tu? / Samica alguém”:
- revela a sua simplicidade
- a resposta está relacionada com o seu destino q é o Paraíso

Caracterização desta personagem:
- não traz símbolos cénicos com ele porque não tem qualquer tipo de pecados
- com simplicidade, ingenuidade e graça, auto-caracteriza-se ao Diabo como “tolo”
- queixa-se de ter morrido
- as suas atitudes ao longo da cena são descontraídas, o que irrita o Diabo que o quer na sua barca
- o Diabo é insultado por ele
- esses insultos revelam a sua pobreza de espírito
- apresenta-se ao Anjo com “Samica alguém” e este diz-lhe q entrará na sua barca, porque tudo o que fez foi sem maldade

A minha opinião sobre esta cena:
- tem uma intenção lúdica: fazendo divertir quem está a assistir a esta peça
- também tem uma intenção de crítica: dizendo q os parvos são pessoas pobres de espírito e não têm intenção de fazer mal
- ajuda muito na crítica e faz os cómicos

Desenlace:
- fica no caís e entra com os Quatro Cavaleiros.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Auto da Barca do Inferno - cena do Onzeneiro


Hoje, dia 28 de Outubro, lemos e analisamos a cena do Onzeneiro. Estão aqui alguns apontamentos que te poderão ajudar.

Cena Do Onzeneiro (Usuário)

Símbolos cénicos:
-bolsão: representa o dinheiro

Esta personagem pertence:
-à burguesia

“Oh! Que má-hora venhais,/ onzeneiro, meu parente!”:
-o Diabo revela, com este tratamento, que Onzeneiro tem semelhanças com ele, é como se fossem membros da mesma família
-o Diabo sempre o ajudou a fazer o mal, a enganar os outros
-agora os papeís invertem-se: é a vez de o Onzeneiro ajudar o Diabo

Defesas:
-ter morrido sem esperar
-não ter tido tempo de “apanhar” mais dinheiro
esta queixa mostra que, para esta personagem, o dinheiro era importante
-jura ter o bolsão vazio
-precisa de ir à Terra para ir buscar mais dinheiro (para comprar o Paraíso)

Acusações:
-Anjo: acusa-o de levar um bolsão cheio de dinheiro e o coração cheio de pecados, cheio de amor pelo dinheiro
-ser avarento

O Onzeneiro é condenado pelo Anjo ao Inferno porque:
-leva o coração cheio de pecados, cheio de amor pelo dinheiro e o bolsão representa esse dinheiro

O Onzeneiro interpreta a recusa do Anjo como:
-que, por não ter dinheiro, não pode entrar no Paraíso
-ele pensa que, com o dinheiro, pode comprar tudo e resolver tudo

A vida do Onzeneiro:
-avareza (só pensa em dinheiro)


Desenlace:
-Inferno

terça-feira, 27 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Auto da Barca do Inferno - cena do Fidalgo


Cena Do Fidalgo (Don Anrique)

Adereços que o caracterizam:
-Pajem: desprezo pelos mais pobres.
-Manto: vaidade.
-Cadeira: julgava-se importante e poderoso.

Argumentos de Defesa:
-Barca do Inferno é desagradável.
-Tem alguém na Terra a rezar por ele.
-É “fidalgo de solar” e por isso deve entrar na barca do Céu.
-É nobre e importante

Pertence:
-À nobreza

Acusações:
-Ter levado uma vida de prazeres, sem se importar com ninguém.
-Ter sido tirano para com o povo.
-Ser muito vaidoso.
-Desprezava o povo.

Referência ao pai de Don Anrique porque:
-É uma denuncia social, porque também o pai do Fidalgo já tinha entrado na Barca do Inferno, isto é, toda a classe nobre tinha os mesmos pecados.

A movimentação dele em cena:
-1º Foi à barca do Diabo que lhe explica para onde vai a barca e falando sempre em tom de ironia.
-Depois foi à barca do Paraíso para tentar a sua sorte, mas o Anjo acusa-o de tirania e diz-lhe de que maneira nenhuma pode lá entrar.
-O Fidalgo volta para a Barca do Inferno e o Diabo explica-lhe todos os seus pecados, fazendo com que ele fique muito triste e arrependido.

Momentos psicológicos da personagem:
-Ao princípio, o Fidalgo está sereno e seguro que irá para o Paraíso.
-Dirige-se à barca do Anjo, arrogante, e fica irritado porque ele não lhe responde e mostra-se arrependido e desanimado por ter confiado no seu “Estado”.
-No fim dirige-se ao Diabo, mais humilde, pedindo-lhe que o deixe regressar à Terra para ir ter com a amante.

Crítica de Gil Vicente nesta cena:
-Os nobres viviam como queriam (vida de luxúria)
-Pensavam que bastava rezar e ir à missa para ir para o Céu.

Características dadas às mulheres desse tempo:
-Mentirosas
-Infiéis
-Falsas
-Fingidas
-Hipócritas

Caracterização do Fidalgo:
-Nobre (fidalgo de solar).
-Vaidoso.
-Presunçoso do seu estado social.
-O seu longo manto e o criado que carrega a cadeira representam bem a sua vaidade e ostentação.
-A forma como reage perante o Diabo e o Anjo revelam a sua arrogância ( de quem está habituado a mandar e a ter tudo).
-Apresenta-se como alguém importante.
-Despreza a barca do Diabo chamando-lhe “cortiço”.
-A sua conversa com o Diabo revela-nos que além da sua mulher tinha uma amante, mas que ambas o enganavam pois a mulher quando ele morreu chorava mas era de felicidade e a amante antes de ele morrer já estava com outro.
-O Fidalgo é, pois, uma personagem-tipo que representa a nobreza, os seus vícios, tirania, vaidade, arrogância e presunção.

Desenlace:
-Inferno

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Texto dramático - algum vocabulário do teatro


Para te ajudar, achei por bem colocar alguns termos específicos para o teu estudo do texto dramático.
ACTO - Divisão de uma peça teatral determinada pela mudança de espaço (cenário), constituindo a estrutura externa da própria peça.
ADEREÇO – objecto móvel que ajuda a caracterizar uma personagem ou um espaço.
APARTE - Palavras ditas por uma personagem (destinadas a serem ouvidas só pelos espectadores), partindo do princípio que as outras personagens com quem contracena não as ouvem no momento. Através dos apartes, o público torna-se cúmplice dos actores.
BASTIDORES - local por detrás do palco, e lateral, onde normalmente se situam os camarins e se guarda o material utilizado na representação
CAMARIM - local onde os actores se preparam (vestem, fazem a maquilhagem...) antes de entrarem em cena.
CAMAROTE - pequenos compartimentos, situados num nível acima da plateia, destinados aos espectadores.
CENA - Divisão de um acto, marcada pela entrada ou saída de uma personagem.
CENÁRIO - conjunto de elementos visuais que compõem o espaço onde se apresenta um espectáculo teatral.
CENÓGRAFO – pessoa que imagina, concebe e executa o cenário de uma peça de teatro.
COMÉDIA - de origem obscura, supõe-se que se relaciona com cantos em festins de homenagem a Dioniso. Peça teatral que visa a crítica social através da representação de situações da vida real . O recurso ao ridículo, que provoca o riso, tem geralmente uma intenção moralizadora.
CONTRA-REGRA – aquele que tem por função marcar a entrada dos actores em cena.
DIDASCÁLIA - texto secundário constituído pelas informações fornecidas pelo dramaturgo (autor) sobre, por exemplo, o tempo e o lugar da acção (cenário), o vestuário, os gestos das personagens, etc. também é chamado de indicações cénicas.
DRAMA - representação, através de palavras e acções, num espaço destinado a esta finalidade (normalmente, um palco). Nele há, para além das linguagens verbal e gestual, o recurso à luminotécnica e à sonoplastia, aos cenários, ao guarda-roupa, à maquilhagem…
DRAMATURGO – autor de textos dramáticos.
ENCENADOR – aquele que idealiza o espectáculo teatral, dirigindo os actores nos seus papéis, “conduzindo-os” nos ensaios, transmitindo o que pretende a outros intervenientes no processo (cenógrafo, figurinista, luminotécnico, sonoplasta, etc), levando à cena um texto ou a adaptação de um original.
FIGURINISTA - técnico de teatro que se ocupa dos figurinos (guarda-roupa, maquilhagens, etc.)
GUARDA-ROUPA - conjunto das roupas e dos trajes utilizados numa peça de teatro.
MONÓLOGO - é uma fala interiorizado, em que o "eu" é o emissor (o "eu" que fala) e o receptor (o "eu"/"tu" que escuta).
PONTO – pessoa que lê o texto das falas em voz baixa aos actores, caso eles se esqueçam delas. Normalmente está por baixo do palco, ou por detrás, escondido do público.
RÉPLICA - fala dos actores em cena.
SONOPLASTA – pessoa responsável por todos os efeitos sonoros durante uma peça.
TEXTO DRAMÁTICO – texto orientado para a representação. Aquele que é escrito para ser representado.
TRAGÉDIA - associada na origem, na Grécia, a celebrações dionisíacas, definiu-se como espectáculo dramático onde se representam assuntos sérios, dignos, elevados.

Texto dramático - história do teatro

Tudo a postos? Então, vamos começar pela história do teatro.